dor e delícia
O jogo de bola com os amigos;
e a perna que te mata no dia seguinte
Numa cervejada bem querida,
que de manhã haja aspirina
A perfeição da bailarina
esconde a tortura dos pés tortos
Meu Flamengo só me dá alegrias, é verdade -
e não negamos a angústia de uma derrota maldita
E o cigarrinho depois do café da tarde
sabe fácil o mal que lhe faz
Aquele olhar do filho que encanta
resulta dos nove meses do sofrimento abençoado
Uma feijoada bem carregada, que delícia!
A indigestão bate sem dó
Domingo lindo de praia e sol;
e a pele ardida de segunda incomoda
Ao sabor do reencontro
é intrínseco o desespero da saudade
Hum, venha cá.
Ora, meu bem
Se tudo que é prazer vem com uma dose de dor
Por que insiste em reclamar das lamúrias do Amor?